Processo para o desenvolvimento de um produto em aerossol
Etapas a serem seguidas para que o produto seja adequado para o mercado
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Neste número, o engenheiro Humberto Uc, da empresa Envatec, compartilha informações sobre o processo para o desenvolvimento de um produto em aerossol.
As etapas, os procedimentos, os testes e os tempos necessários para elaborar produtos de excelente qualidade são explicados e ilustrados neste artigo, que inclui definições e processos sobre vários temas:
- Aerossol
- Sistema de Aerossol
- Fluxograma
- Etapas do Desenvolvimento
- Custos
- Testes de Campo
6.1 Transferência de Tecnologia
6.2 Processo de Validação
- Segurança
- Sustentabilidade
6.1 Transferência de Tecnologia
6.2 Processo de Validação
1. O que é um aerossol?
Os aerossóis, ou geradores de aerossóis, são recipientes não recarregáveis fabricados de metal, vidro ou plástico e que contêm um gás comprimido, liquefeito ou dissolvido sob pressão, com ou sem líquido, pasta ou pó, e equipados com um dispositivo de descarga que permite expelir o conteúdo em forma de partículas sólidas ou líquidas em suspensão ou em forma de gás, espuma, pasta, pó, ou, ainda, em estado líquido gasoso.
2. O que é o sistema de aerossol?
É um sistema para expelir produtos, caracterizado por possuir energia própria para que funcione. Essa energia é produzida pelo produto pressurizado dentro de um recipiente hermético, que é ativada por meio de um propelente.
3. Fluxograma para o desenvolvimento de um aerossol
Quando desenvolvemos um produto, devemos levar em conta muitas etapas e que cada uma delas leva o seu tempo. Se quisermos entregar um produto excelente ao mercado, temos que respeitar a maioria dessas etapas e os seus tempos, que são necessários para verificar se o que estamos fazendo está dentro dos parâmetros e das especificações que o cliente exige.ciones que pide el cliente.
4. Etapas do desenvolvimento
Existem dois mecanismos para desenvolver um produto:
A. O que não existe = inovar, criar: Fazer novos produtos que não existem no mercado e que nascem do desenvolvimento de uma ideia que tenha como objetivo aproveitar os benefícios oferecidos por um sistema de aerossol.
B. O que temos, com valor agregado = avaliar a concorrência:
Diferenciar o produto já existente para obter uma vantagem competitiva em relação aos outros. Para isso, é necessário fazer um estudo das necessidades do consumidor, bem como avaliar certas características, para poder oferecer um produto com valor agregado.
O diagrama de desenvolvimento começa no Laboratório de Desenvolvimento, onde é realizada uma pesquisa com base na atividade do produto para determinar os ingredientes ativos e excipientes, levando em conta os aspectos químicos e físico-químicos. O concentrado deve possuir as características que procuramos para o produto final.
É muito importante atribuir um código de identificação para todo o processo de desenvolvimento, com o objetivo de harmonizar cada etapa. Aqui é o começo, onde avaliamos o que queremos do produto e o que queremos transmitir ao consumidor final.
Posteriormente, vamos aplicar um método analítico. Vamos descompor os diferentes elementos da fórmula: O que é cada parte? e Para que serve? É muito importante, em primeiro lugar, determinar o ingrediente ativo: se é um inseticida, desodorante, massa alimentícia, etc. Depois, todos os outros componentes: os inertes, o veículo, tudo o que uma fórmula contém e como cada componente participa da fórmula final.
Por isso, existe uma sequência que deve ser seguida:
Para conhecer mais a fundo o produto e as suas aplicações, é necessário selecionar a matéria-prima e a embalagem.
- Um sistema de aerossol consiste em fases líquidas e gasosas.
- Selecione o propelente de acordo com a compatibilidade, a aplicação final, o tamanho da partícula, o fluxo e a área.
* O tamanho da partícula é muito importante, porque indica a característica final do produto. - O tipo de embalagem, a válvula, o ativador, a fórmula, o tipo e a pressão do propelente formam o produto final.
Estudo de compatibilidade
Preparação de amostra inicial
Testes de estabilidade
Em seguida, deve ser feito um estudo de compatibilidade, porque, muitas vezes, podemos embalar a fórmula, colocar o propelente, e funciona, mas não sabemos qual será o seu comportamento no longo prazo. Esse estudo pode ser feito em recipientes de vidro, onde é possível observar a mistura do propelente com o concentrado. Isso nos permite:
- Selecionar o propelente: pressão de saída, tamanho da partícula, inflamabilidade, solubilidade.
- Determinar a relação concentrado/propelente.
Não sabemos como será o comportamento do produto no longo prazo; portanto, é muito importante e necessário fazer testes de estabilidade.
Existem várias etapas, e é necessário tempo para que o produto seja analisado no laboratório durante um longo prazo, a fim de garantir que não apresentará nenhum problema.
- Esses testes de estabilidade demonstrarão o comportamento das propriedades físico-químicas e funcionais (viscosidade, pH, pressão TA e a 50° C) durante determinado período, que pode ser de 30, 60, 90 dias ou até mais, dependendo do produto. Durante esse período, os produtos serão submetidos a uma temperatura de 50° C para acelerar o seu processo. Assim, se houver alguma falha, será possível detectá-la neste momento, antes de continuar com o desenvolvimento.
O próximo procedimento consiste em avaliar um método e preparar um dossiê, que é considerado a Bíblia do desenvolvimento desse produto. Com base no código de identificação que tiver sido atribuído, deve-se estabelecer como esse produto será avaliado, como os procedimentos para cada etapa serão aplicados e que meios serão usados para realizar essa avaliação. Aqui devem ser definidas as técnicas que serão empregadas e os parâmetros de controles qualitativo e quantitativo. Também devem ser anotados os resultados, a análise, as condições do teste, as avaliações, as aprovações, os tipos de materiais, a fórmula e todas as informações relacionadas ao produto, com o mesmo código de identificação original, por questões de rastreabilidade.
5. Custo do produto
uma questão sumamente importante é o custo do produto. Um produto pode ser inovador, ter grande impacto no mercado, atender às necessidades do consumidor, mas pode ser muito caro; portanto, para que possa entrar no mercado e concorrer com os outros produtos, é preciso analisar o custo.
Os custos devem incluir tudo o que é usado para elaborar este produto:
- Custos diretos: É o custo da força de trabalho que é diretamente usada para elaborar o produto ou o serviço (pessoal de linha de produção e de controle de qualidade, eletricidade, periféricos, suprimentos, transporte, etc.).
- Custos indiretos: É o custo de comercialização dos produtos e/ou serviços que estão sendo vendidos,
bem como alguns custos administrativos atribuíveis à produção e à venda (infraestrutura, armazenamento, água, eletricidade, serviços, logística, administração, impostos, etc.). - Viabilidade: lucro.
- Custos de matérias-primas e materiais de embalagem: Componentes da fórmula, embalagem, válvula, ativador, tampa, caixa, tubos de extensão, bolinhas, etc.
- Custo do propelente.
- Financiamento.
- Perdas.
- Outros (serviço de entrega fora da área metropolitana, armazenagem, serviço extra, etc.).
6. Testes de campo
Posteriormente, devem ser feitos alguns testes de campo, ou seja, levar o produto para a sua aplicação final para ver o seu funcionamento fora do laboratório, a fim de determinar se o produto é bom e apropriado. Os testes de campo consistem em:
- Avaliar o desempenho do produto final: aplicação, usos, aparência, odor, textura, rendimento, etc.
- A comercialização de alguns produtos em aerossol deve respeitar as normas estabelecidas (cosméticos, inseticidas, dispositivos médicos, higiênicos).
- Licenças, registros e patentes.
6.1 TRANSFERÊNCIA DE TECNOLOGIA
Após a realização de todas essas etapas, deve ser realizada a operação de produção, que consiste em transferir as informações registradas no dossiê às áreas de tecnologia e de produção para informar quais são as características e as especificações que o produto deve atender, bem como programar um lote-piloto para determinar as condições de cada etapa do processo de envasamento: peso a granel, peso do propelente, altura e diâmetro das recravações na válvula, pressões, fluxo, descarga total, etc., bem como os parâmetros de inspeção para o controle de qualidade.
6.2 PROCESSO DE VALIDAÇÃO
A característica final do produto dentro da área de produção também deve ser avaliada. Deve-se validar o processo, a fim de demonstrar a capacidade de produzir aerossóis de forma contínua e homogênea, nas condições adequadas de qualidade necessárias, através de sistemas e programas de melhoria contínua que garantam a qualidade do produto final.
Este fluxograma já é conhecido; no entanto, pode mudar entre um produto e outro, não nas etapas do processo, e sim nas características finais do processo.
7. Segurança
Segurança no desenvolvimento do produto: É importante manter todas as condições de segurança durante o desenvolvimento do produto, usando o equipamento de laboratório adequado para as condições do produto, bem como os equipamentos de proteção individual. Além disso, realizar os testes microbiológicos e a rastreabilidade do produto.
Segurança no processo: Devem ser aplicados os protocolos de segurança para minimizar os riscos antes, durante e após o processo de embalagem. O Guia de Segurança oficial indica os procedimentos adequados para que as empresas trabalhem com a segurança necessária. Os funcionários devem receber capacitação constantemente.
8. Sustentabilidade
Uma vez integradas todas as etapas do processo, podemos considerar a garantia de colocar um ótimo produto no mercado.
E, finalmente, devemos considerar a sustentabilidade, uma etapa de grande interesse, a fim de criar consciência sobre o uso dos produtos e a manipulação dos processos de forma que sejam amigáveis com o meio ambiente.
O propósito da sustentabilidade é atender às necessidades da geração atual, sem afetar as capacidades futuras das próximas gerações.
A sustentabilidade nos leva a definir processos na fábrica que não sejam apenas amigáveis com o ambiente, mas também viáveis economicamente.