Novos propulsores sustentáveis e o seu impacto na Indústria de Aerossóis por Inalação – MDI Parte II
O Eng. Julio Vega, dos Laboratórios Cassará, falou sobre os novos propulsores sustentáveis e seu impacto na indústria de aerossóis inalados-MDI, tema que, na edição de março, foi publicado em grande parte e nesta edição retomamos a parte final do que são esses novos propulsores e seu impacto nessa transição para os aerossóis.
ÍNDICE
- O que é um MDI?
- Novos propulsores de baixo potencial de aquecimento global (LGWP)
- Impacto da transição nos componentes do MDI
- Regulamentos
- Tendências futuras esperadas
- Conclusões
3. IMPACTO DA TRANSIÇÃO NOS COMPONENTES DO MDI
Tal como aconteceu com a transição dos CFC para os HFA, deve se verificar se são necessários:
- Novos tambores: se há adesão às paredes de partículas em fórmulas com o fármaco em suspensão.
- Novas válvulas: as vedações de borracha, em particular, muitas vezes têm que ser trocadas ao trocar a hélice.
- Novos botões: Os botões podem ter que ser trocados para que a deposição de aerossol com os novos propulsores seja semelhante à do MDI já comercializado com HFA.
- Nova instalação e novo método de enchimento: Isto pode ser necessário se o propelente de baixa estufa se revelar inflamável e exigir instalações e equipamentos diferentes dos que estão sendo usados para propulsores HFA.
4. REGULAMENTOS
Na Europa, já há orientação sobre a mudança do propelente de um MDI atualmente comercializado e movido a HFA para um propulsor de baixa estufa.
Aqui estão os critérios que se assemelham aos usados na transição de CFCs para HFAs:
5. TENDÊNCIAS FUTURAS ESPERADAS
A Europa (liderando a mudança)
- Para adultos, se espera que mais inaladores de poeira sejam usados, mas o MDI continuará a ser usado para crianças e adultos e em determinadas situações.
- Espera-se que os primeiros MDIs com os propulsores de baixa estufa sejam lançados na Europa em breve.
América Latina
- A competição de preços para propulsores HFA pode guiar a tendência, embora a China e a Índia possam continuar fornecendo HFA por algum tempo.
- Os MDIs de isobutano já são patenteados pelo Laboratorio Pablo Cassará S.R.L. no Brasil e no México.
- Ensaios de equivalência terapêutica in vitro podem ser aceitáveis para autoridades regulatórias na Argentina e em outros países da América Latina, bem como na Europa.
- As regulamentações no Brasil podem ser semelhantes às dos EUA, que ainda não foram definidas. Podem ser necessários estudos clínicos conforme necessário para a mudança de CFC para HFAs.
6. CONCLUSÕES
- A transição de hélices HFA para hélices de baixa estufa pode levar tempo e investimento (reformulação + estudos de estabilidade + talvez estudos clínicos + talvez nova planta e novos equipamentos de enchimento).
- Deve ser utilizada uma técnica de enchimento adequada à inflamabilidade do propulsor. Válvulas e tambores já estão disponíveis para propulsores de baixa estufa.
- É aconselhável iniciar o desenvolvimento farmacêutico de novas formulações agora.
- A transição para novas hélices na América Latina pode ser impulsionada pela competitividade e preço dos propulsores.