Propelentes Para o Cuidado do Meio Ambiente

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Baseado na palestra “Dymel®, Propellants, Sustainable Solutions”, ministrada durante o Congresso Mundial do Aerossol 2014 por Esther Rosenberg, Global Market Manager Pharmaceutical da DuPont Corporation.

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A indústria em geral enfrenta vários desafios para alcançar o objetivo de ser ambientalmente sustentável, particularmente, proteger a camada de ozônio estratosférica e cuidar da qualidade do ar, no que diz respeito à produção de Compostos Orgânicos Voláteis – COV (Volatile Organic Compounds/VOC). Essas são apenas algumas das questões ecológicas que afetam especificamente a produção de aerossóis.

Atualmente, os fabricantes de aerossol têm que lidar com uma série de regulamentações governamentais em matéria de proteção do meio ambiente, tais como as do estado da Califórnia, nos Estados Unidos, onde existem regulamentações sobre a qualidade do ar e sobre a chamada “química verde”, que se refere a ingredientes para formulações mais amigáveis com o ambiente.

Também existem outras orientações do Sistema Mundial Harmonizado e do REACH, nos EUA, com planos de ação para minimizar o aquecimento global, bem como exigências para a rotulagem de produtos de consumo que contenham determinadas substâncias químicas.

Todas essas regulamentações, embora tenham sido criadas para proteger o meio ambiente e promover a segurança industrial, também se transformaram em verdadeiros desafios para que os fabricantes desenvolvam seus produtos de consumo, consequentemente, devem usar toda a sua capacidade de inovação para oferecer produtos que satisfaçam às necessidades dos consumidores, mas também atendam às legislações ambientais e, assim, tornem-se uma indústria verdadeiramente sustentável.

Por esta razão, os fabricantes de aerossol precisam desenvolver propelentes que não destruam a camada de ozônio e possuam baixo Fator de Aquecimento Global (GWP), que não poluam gerando Compostos Orgânicos Voláteis e que contribuam para atingir as metas de sustentabilidade.

REGULAMENTAÇÕES EM MATÉRIA DE MUDANÇA CLIMÁTICA

A mudança climática é um dos fenômenos ambientais que mais tem preocupado o mundo; portanto, as diferentes regiões desenvolveram regulamentações que visam a atenuar o seu avanço.

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Entre as regulamentações existentes, podemos citar a lei da União Europeia em matéria de uso de gases fluorados (que geram o efeito estufa) superiores a 150 GWP (Fator de Aquecimento Global) em diferentes produtos cujo propósito é minimizar o aquecimento do planeta.

Nos Estados Unidos, também foram promulgadas leis com o objetivo de reduzir a mudança climática, como, por exemplo, regulamentações para o uso de gases fluorados em aerossóis, com exceção dos inaladores de dose medida. Dessa forma, foi determinada a substituição dos haloalcanos HFC-134ª, HFC-227ea e HFC-125, considerando ainda a permanência do HFC-152ª.

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Especificamente nos EUA, cada estado decidiu adotar a sua própria legislação no que diz respeito ao cuidado do meio ambiente. Em 2008, no estado da Califórnia, foi aprovada a lei de Soluções para o Aquecimento Global de 2006 (AB 32), que estabelece que, até 2020, as emissões na Califórnia sejam reduzidas até os níveis de 1990, o que, evidentemente, afetará as formulações na fabricação de produtos de consumo massivo.

Além disso, em vários países, tais como nos Estados Unidos, na Europa, no Japão e em Hong Kong, existem regulamentações regionais destinadas a manter a qualidade do ar e assim evitar a geração de Compostos Orgânicos Voláteis. Em geral, estas regulamentações costumam ser aprovadas em regiões onde existe uma elevada poluição atmosférica.

As leis para regulamentar a geração de COV (Compostos Orgânicos Voláteis) incluem quase todas as fontes de emissões, entre as quais, produtos de consumo em aerossol. E, devido ao objetivo de melhorar a qualidade do ar, cada vez, estão mais rigorosas.

SOLUÇÕES SUSTENTÁVEIS

A DuPont, empresa especializada no desenvolvimento de gases propelentes fluorados, recomenda ao mercado de aerossóis dois propelentes que têm qualidade suficiente para oferecer produtos com o funcionamento esperado pelos consumidores além de proteger o meio ambiente: o HFC152ª (Dymel® 152ª) e o dimetil éter (Dymel® A). Abaixo, apresentamos as qualidades físicas e ambientais de ambos os produtos.

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Para a indústria do aerossol, recomenda-se o uso do gás dimetil éter e o HFC-152ª como propelentes devido aos seus benefícios ambientais.

EQUILÍBRIO AMBIENTAL

O HFC152ª não gera Compostos Orgânicos Voláteis e ajuda a reduzir o impacto ambiental do aerossol quando usado para reduzir o propelente. Além disso, tem baixa contribuição para o efeito estufa.

É importante destacar que a agência de regulação dos EUA em matéria de cuidados ambientais considera o HFC-152ª uma solução equilibrada; portanto, é um propelente eficiente em vários produtos de aerossol, tais como fixadores de cabelo, protetores solares, removedores de poeira para equipamentos eletrônicos, creme chantili e produtos industriais.

Por outro lado, o dimetil éter, que, embora gere Compostos Orgânicos Voláteis, é um problema que pode ser resolvido por meio da inclusão de solventes à base de água na sua fórmula. É importante destacar que, devido às suas grandes propriedades de solvência, otimiza o desempenho do aerossol. E o seu impacto para o aquecimento global é insignificante.

Alguns aerossóis em que o dimetil éter é usado são: fixadores de cabelo, tintas, protetores solares e espumas com um único componente.

CONCLUSÃO

Devido aos problemas ambientais em todo o mundo, os governos promulgaram leis que regulam as emissões de poluentes que provocam o efeito estufa e geram Compostos Orgânicos Voláteis.

Dessa forma, recomendamos que as empresas que fabricam produtos de consumo usem ingredientes que contribuam para a inovação por meio de formulações que atendam às normas estabelecidas. Especificamente na indústria de aerossóis, aconselha-se a utilização de propelentes amigáveis com o meio ambiente.

Tanto o dimetil éter quanto o HFC-152ª são uma proposta sustentável que oferece uma solução equilibrada para as exigências ambientais. O HFC-152ª não gera Compostos Orgânicos Voláteis e tem um baixo impacto no aquecimento global. Por outro lado, o dimetil éter tem uma base aquosa; portanto, permite que seja adicionada água na sua formulação, o que contribui para reduzir as emissões de poluentes.

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